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Vereadores tucanos de Carapicuíba refutam acusação de promoverem bota-fora na Lagoa de Carapicuíba

Os vereadores José Salvador da Silva, Sérgio Fernandes Filho, o Serginho da Sabesp e Waltinho Ferreira do Nascimento, que formam a bancada do PSDB na Câmara Municipal de Carapicuíba, concederam entrevista coletiva na terça-feira, 27, no centro da cidade.

A pauta da coletiva era sobre acusações feitas a eles em um tablóide que circula sem periodicidade definida, de integrarem "a máfia do bota-fora" que seria responsável pela deposição de entulhos no entorno da Lagoa de Carapicuíba, em área que está sendo preparada para as obras do futuro Parque da Lagoa.
As acusações, segundo manifesto no próprio tablóide, seriam assumidas pelo ex-vereador Wellington José dos Santos, o Helinho. "Ele tentou manchar nosso nome e vai responder a ações criminais e cíveis que já requeremos, incluindo o jornalista que assina o jornal e o presidente municipal do Partido Social Democrata Cristão (PSDC) por formação de quadrilha", iniciou Waltinho. O jornalista Jamil Bechara, assessor de imprensa da Câmara de Carapicuíba, - presente à coletiva - informou que desconfia da autenticidade do registro profissional do jornalista e vai pedir que o Sindicato da categoria investigue sua atuação.
Já o dirigente do PSDC, disseram os três vereadores, foi o responsável pela distribuição do tablóide em toda a cidade. "Posteriormente, vamos requerer indenização por perdas e danos morais. Vamos apurar qual é o patrimônio desses bandidos e depois doaremos o valor da indenização para uma instituição de caridade", alardeou Waltinho.

As ações propostas pelos três tucanos também foram subscritadas por outros dois vereadores, Selmo Bodão (PMDB) e Joel Gama (PTB), igualmente acusados pelo jornal, que acrescentou no caso deles serem invasores de áreas públicas em benefício das empresas de cada um. Bodão e Gama ainda não se manifestaram oficialmente.

Os três informaram que no início do ano foram ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) pedir informações sobre as obras do futuro parque e, posteriormente, foram ao local fiscalizar o que está sendo feito lá. Nesse dia, os autores do periódico fotografaram os vereadores e depois publicaram o jornal insinuando que eles estariam lá orientando ações de bota-fora. "Interessante que o prefeito e o secretário de Desenvolvimento também estavam lá inspecionando as obras e não foram acusados de integrar máfias", ironizaram os três vereadores.
Segundo os três, Helinho teria duas motivações básicas para os acusarem "sem fundamento" como eles reiteram. A primeira, dizem, seria vingança por ter sido cassado pela Câmara que eles integravam à época e ainda integram. Como presidente na ocasião, Waltinho conduziu todo o processo, a que Helinho assistia algemado, já que tinha sido preso por coação de testemunhas no processo que ficou conhecido como "golpe do barraco".

O ex-vereador foi acusado, e cassado por essa razão, de comercializar barracos para pessoas humildes em áreas livres da cidade com a promessa de instalar os compradores futuramente em unidades habitacionais da CDHU. Como secretário da Habitação à época, Helinho tinha a prerrogativa de indicar os ocupantes das unidades construídas pelo governo do Estado.

A segunda motivação do ex-vereador, que é dono de uma construtora "é que ele queria fazer parte das obras do Parque e achou que a gente, por ser do PSDB, que é o partido que comanda o Estado e vai tocar a obra, poderíamos atrapalhar os planos dele", sugeriu Waltinho.
"Ele continua coagindo testemunhas, nós, no caso, nos processos que continuam na Justiça, independentemente da cassação", reforçou Waltinho. "Está em liberdade assistida e vamos pedir a prisão dele novamente", reforçou Serginho. "Somos exemplo para a cidade", reivindica Fernandes Filho. "Ele, sim, é chefe de máfia", rebateu.
Os vereadores reclamaram também da presença de uma matéria de página inteira no jornal que os acusou com o ex-prefeito Fuad Chucre, tucano como eles, mas descartaram a hipótese perguntada por jornalistas na coletiva, de que Chucre teria patrocinado a iniciativa de Helinho.

"O Fuad não veio em nossa defesa, como esperávamos. Ele está pecando no mínimo por omissão. Nós escolhemos com quem andamos e achamos que ele fez a escolha dele", alfinetaram os vereadores. "Sempre fomos leais ao Fuad, apesar de tudo. inclusive não o abandonando recentemente na votação das contas dele. Há mais contas com problemas para serem votadas e nós poderemos até nos abster", ameaçou Waltinho. A queixa de omissão também foi estendida ao filho do ex-prefeito, o deputado federal Fernando Chucre (PSDB).

Fuad atendeu a reportagem em contato telefônico e negou qualquer participação nas "reportagens" do jornal de Helinho. "Não tenho nada a ver com aquilo, nem sequer sabia de qualquer publicação. Colocaram meu nome lá sem me consultarem, não falei com ninguém com aquele fim, nem dei entrevista", defendeu-se o ex-prefeito. "Estou totalmente dedicado às obras do Parque da Lagoa", afirmou. Ele foi nomeado administrador do futuro Parque, através de portaria recente do DAEE, ligado ao governo do Estado.

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