Paralisação afeta linhas na Grande SP nesta quarta-feira. Para governador, população está sendo punida.
O governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, classificou de “político-eleitoreira” as motivações da greve
de funcionários do Metrô e da CPTM que afetas os usuários da região
metropolitana na manhã desta quarta-feira (23/05/12). Em entrevista ao Bom Dia São
Paulo, o governador disse que a população está sendo “punida” pela paralisação.
Alckmin afirmou que a greve é promovida por um “grupelho
radical com motivação político-eleitoral, prejudicando a população”. O
governador ressaltou que os grevistas descumprem uma decisão da Justiça do Trabalho
que determinou que fosse mantida 100% da operação do Metrô no horário de pico.
Alckmin lembrou que os trabalhadores do Metrô tiveram
aumento real (acima da inflação) em 2011 e que o governo fez uma proposta de
ganho real de 1,5% em 2012, que não foi aceita pela categoria.
“Vamos acompanhar o trabalho junto à Justiça do Trabalho
para que se resolva rapidamente”, disse. “A população está sendo cruelmente
punida por um grupelho radical, que descumpre ordem judicial”.
Greve no Metrô
A decisão do Sindicato dos Metroviários de São Paulo de optar pela paralisação ocorreu após uma audiência com representantes do Metrô que terminou sem acordo. A Justiça do Trabalho determinou, no entanto, que o sindicato dos Metroviários mantenha 100% da frota funcionando durante os horários de pico e 85% nos demais horários e proibiu a liberaração das catracas.
A decisão do Sindicato dos Metroviários de São Paulo de optar pela paralisação ocorreu após uma audiência com representantes do Metrô que terminou sem acordo. A Justiça do Trabalho determinou, no entanto, que o sindicato dos Metroviários mantenha 100% da frota funcionando durante os horários de pico e 85% nos demais horários e proibiu a liberaração das catracas.
Caso as determinações não sejam cumpridas, o sindicato terá
que pagar multa de R$ 100 mil diários. Os horários de pico são das 5h até as 9h
e das 17h às 20h.
Os metroviários reivindicam 5,13% de reajuste salarial,
14,99% de aumento real, vale-alimentação de R$ 280,45 e reajuste de 23,44% no
vale-refeição, além de equiparação salarial, 36 horas semanais, periculosidade
sobre todos os vencimentos, adicional de risco de vida de 30%, plano de saúde
acessível para os aposentados e reintegração dos demitidos em 2007.
Durante a audiência desta tarde, a companhia propôs
reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços (IPC) e aumento real de
1,5%. A desembargadora propôs reajuste pelo INPC mais 1,5% de aumento real.
O Metrô propôs vale-alimentação de R$ 158,57 enquanto os
metroviários mantiveram a reivindicação de R$ 280,45. A desembargadora propôs
R$ 218. Em relação ao vale-refeição, o Metrô propôs elevar o valor para R$ 21 e
o sindicato manteve a reivindicação de R$ 25,25. A desembargadora estipulou o
valor em R$ 23.
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